DIA SEGUINTE ( O POEMA DO CAOS )

Dia Seguinte (O poema do caos)

Sou o único sobrevivente de uma guerra nuclear,

duma contagem regressiva onde fiz tudo, sumir pelo ar.

Agora sem alternativa, da nave-refúgio tive que sair,

fui olhar para o mundo que irresponsavelmente,

eu mesmo destruir.

Tentei reconhecer tudo que antes ali existia,

fechei os olhos e imaginar meu mundo em plena harmonia.

Ouvir o poeta fazendo canção, letra tão linda com final feliz,

declarando à amada sua grande paixão, loucura gostosa que eu também já fiz.

Sentir o toque na pele do rosto, das gotas de orvalhos que, dos olhos desciam

as imagens de destroços em toda parte, também faziam parte da minha agonia.

Destruir meu mundo por intolerância, na busca de poder e da tal liderança,

agora que o tenho só para mim não poderei deixar meu legado aqui como herança.

Fizemos várias guerras com muita destruição. Somos pelo criador,

superior em sua criação. Magníficos mortais. Meros viventes.

Seres sociais de atos inconsequentes.

Ao acordar deste sonho, que alívio quão alegria,

pude ver que meu sonho era apenas fantasia.

Meu mundo estava ali, com toda sua magnitude.

Agora que realmente acordei,

tentarei mudar as minhas atitudes.

Jan. de 85,

Jun. de 2000.

ANTONIO RODRIGKS
Enviado por ANTONIO RODRIGKS em 30/09/2009
Reeditado em 10/05/2024
Código do texto: T1840463
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.