Brincar de futuro

Seduz falar aos mortos do futuro

A cor não dá esmola a quem é pobre

Ideia na caverna platão

só dum futuro diz que nasce morto

Três vezes o futuro me esbanjou

três vezes esse abraço me fez pó

Quem jaz em seu futuro reencarna

Lancem pétalas de bronze em meu desejo

Os troféus do futuro cinzas são

A fada que tecia minha sorte

fugira ao ver o sangue do meu sonho

Impulso matinal ao me envolver

em total e falhada carestia

ao contrário da vida está pensando

Homem que hás-de fazer senão criar

castelos pra brincares de ser rei

como os velhos passados nossos reis

Teu hoje quando o pensas é futuro

Futuro quando o sentes volve cinza

E não poder o homem ser um deus

pra se iludir do vivo que está morto