CATARINA

Apunhalaram-na no peito

Macularam a beleza, a inocência, o leito

Condenaram-na

Ao abandono dos filhos

À destruição dos lares

Ao desmembramento da Terra

Catarina está deserta, traída, maldita

Pranteia, Catarina, pranteia,

Mas teu pranto dá ainda mais força à tempestade

Hedionda natureza

Catarina só amou o vento

Infiel de rima infame:

Sorveu-lhe o vento

Com a angústia do amor tornado violento

Elevou Catarina

Somente em seu grito

Somente em sua dor

Vento, onde está o teu amor?

Catarina, onde salvar tua gente?

Carmem Teresa Elias
Enviado por Carmem Teresa Elias em 02/10/2009
Reeditado em 12/10/2009
Código do texto: T1844306
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