Sociedade- Me vem a mente.

Sociedade- Me vem a mente.

Me vem a mente

Um urro inocente

um corpo na rua

a verdade nua

no rosto da gente...

Me vem a mente

uns carros boiando

no túnel indulgente

inevitável, displicente...

inevitável coriza,

difícil certeza

fumaça no peito

falta clareza...

império decadente

disfarçado de gente

povo carente

mas, não tão inocente!

Voto no menos ladrão

voto no descrente

apertado no vagão

acorrentado sem corrente!

me vem a mente...

que sou brasileiro

sobrou-me infortúnio

faltou-me dinheiro!

Me vem a mente um não

que grudou na garganta

na fuligem da poluição

e na nuvem negra que levanta...

Me vem a mente, gritar

pular no rio de lixo

seria puro capricho

de um ser a divagar...

Me veio a mente falar

escrever o que já se cumpriu

para não ser profeta

e morrer poeta...

Para não morrer

cruz alienada da sociedade

que sabe morrer arrependido

por nunca, nada fazer!

Mando Mago Poeta 21:36 30/10/2009

Mando Mago Poeta
Enviado por Mando Mago Poeta em 30/10/2009
Código do texto: T1896622
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