Da licença aqui...

Periferia é fabrica de di-versos

a-gente-s esses agentes que crescem como ervas daninhas e contamina o solo da hipocrisia paulista, em meio as orquídeas que crescem nos terraço dos arranhásseis.

pro cê que acredita que aqui, é o antro da violência, sintoniza as inverdades e aceita a conversa fiada.

É hora de acordar, antes que a síndrome do pânico estabeleça vinculo ao seu dia dia.

Mais, se estiver empapuçado dessas conversas, vem fazer role nas quebradas e conhecer a poesia de quem encanta com versos simples,

conhecer a ação dos coletivos que sem estrutura garimpa recursos em editais de cartas marcadas, escrevendo idéias coletivas

pra levar dignidade pra essa gente, suprindo a ausência da prefeitura do governo do estado e de muitos que passaram por aqui prometeram e sumiram,bando de canalhas.

Quando nos tromba, em audiências publicas ou passeatas

até treme.

Por que sabe, que deve.

Da licença aqui...

Nosso modo de falar incomoda, mais tenha certeza que mais um milhão de nós, fala dessa forma e não fica de chapéu atolado nas idéias tem argumento pra debater a qualquer hora e lugar, estamos pronto pra ousar e ensinar os recursos que aprendemos nas ruas,nas escolas e centros culturais falidos que prefeitura e o governo do estado nos deixou, e com muito esforço aprendemos a produzir com pouco, e desse pouco estamos transformando muitos, com as mãos calejadas e vontade de crescer e levar para mundo a arte periférica que é vista como sub cultura pela sociedade brasileira.

Isso é ate...

Aparecer personagem de pele clara, cabelo liso, bombado ou rabuda ae...

Já não mais sub cultura, é um super estar da moda.

Muito de nós carpiu, pintou,arrumou.

Modificamos os botecos, transformamos em bibliotecas e espaços de leitura porque, não centros culturais.

Da licença aqui...

A creches improvisadas na casa de vizinho, pra garantir o conforto das guerreiras que saem, antes do sol raiar, pra ganhar a merreca que você chama de salário.

Livros, CDs DVDs e documentários publicados que expressam a nossa realidade e com isso ganhamos mais adeptos pra nossa causa.

Da licença aqui...

Criamos nossos próprios meios de comunicação e mostramos para menino pobre e preto de periferia que ele, tem opção de escolha e que o crime não é unica referencia, e que sua conquista pode vir através da caneta e do papel. Utilizando uma gramatica descritiva o populeis que destrincha essa gramatica normativa que afasta o jovem da escola. Levamos em conta prioridade do conhecimento e não praticidade da decoreba que tal norma culta ensina na escola periférica.

ensinar a vencer seu traumas, e se livrar da perseguição policial que ronda o gueto como uma peste bubônica pronta pra germina a discórdia e continuaremos a influenciar menina de pele preta pra não ter vergonha da boca do cabelo e do nariz ela não precisa ser branca pra ser aceita.

Da licença aqui...

Mais uma vez surpreendemos vocês,usamos a criatividade e a disposição dessa gente ao nosso favor, para superar o descaso de quem nunca fez questão de ajudar.

Nos unimos e aprendemos que ninguém aqui nasce premeditando o mal,

presta atenção.

porque, aqui todos querem é

justiça social, prosperidade e paz.

Da licença aqui...

Jota
Enviado por Jota em 04/11/2009
Reeditado em 16/08/2013
Código do texto: T1905485
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