Ébrio...
Se embriaga se arrasta, em seu submundo
Entorpecido de dor, num abismo profundo
Sua ânsia rejeita, o corpo é insistente
Carece de ajuda, o dependente
Sofre calado, remoendo o vicio
Tão só se encontra, não tem compromisso
Segue seu rumo, em constante perigo
Sem casa, sem lar, a rua é abrigo
Este pobre coitado, em completa ruína
Já se fez crer, que vive uma sina
Ostentação, opulência, se vai adiante
Na vida precária, de ser um tunante
Na noite escura, nem lua nem céu
Esgotado e encostado, pra cobrir nem um véu
Não teme a morte, escorado na sorte
Aceita o castigo, o andarilho mendigo...
Helena