Meninos da Miséria

Como são frágeis essas criaturas

Que acordam com as manhãs

Após noites negras em precipícios

Resistindo a cada trago de seus vícios

Eles reinam nas ruas desertas

Com armas em vendaval de ódio

Revolta por terem uma vida difícil

Em cada ofício das renúncias

Nos olhares de abandono desses meninos

Há a calma hipócrita da sociedade

Que maquilam o egoísmo em caridade

Mas eles adormecerão entorpecidos

Aborrecidos e vigilantes

•... Existirão para se vingar...

Pelos milhares de pequenos

Que se morreram nas fomes

Por amnésia dos grandes!

Diego Rocha