VERGONHOSA NEGOCIATA

Não lembro bem, faz tempo,
que a ti devotava respeito,
hoje, trapos deste sentimento,
são vergonhas no meu peito!

Um fantoche diz quem deve viver,
nos verdes sagrados deste país,
e quem ti amava pode hoje ver,
que te fizeram uma pobre meretriz!

Não é signatário nem de sua gente,
quem vende os seus a troco de nada,
ou melhor, do medo terrível que sente,
de enfrentar a águia, em sua inutil revoada!

Não te reconheço viajante dos ares,
que repassa o mundo de chapéu na mão,
um falso rei a gritar pelos altares,
que de seu miserável povo é a salvação!

Não misturarei a minha indignação,
lágrimas que um tempo de guerra, sufocou,
porque se é tu o fruto da redenção,
prefiro a baioneta ao que dele brotou!

Fazes acordos espúrio com terroristas,
engana sua gente com pedaço de pão,
faz da canalhice longas e sujas pistas,
para pousar sua nave da velha corrupção!

Não devia sentir ódio de ti Brasil,
mas cega a razão tanta visão mesquinha,
um dia cansa tanta doçura servil,
e a canção que eu canto não será só minha!

Ouçam os sinos que trazem a escuridão,
pois quem ouve passos estranhos em seu lar,
aceite o que foi imposto pela tua omissão,
nada mais é seu, só te resta a ruína aceitar!


xxeasxx


Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 28/12/2009
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T1999401
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