AS MÁSCARAS
A alma que esconde seus cantos
O rosto que desonra sua lida
Mas nos braços errados de sua pátria
Foge fogo que queima os rostos
Desamarre as cordas dos pescoços
Fujas corpo maltratado
Serão tuas as culpas de todos estes mascarados
Não são culpados os rostos lavados
Que da chuva encontra sua pureza
Varonil destreza, real beleza, são rostos limpos
E como serão os rostos que se escondem da verdade
Não desafiam a caridade, não demonstram vaidade
São falsos, são humanos, são rostos mal lavados
Pena sermos a cratera destas terras imundas
E caminhar com rostos mal cobertos
Se de nossas máscaras não usamos
Temos as graças das verdades, somos limpos
E de tua infâmia liberdade, goze assim de tua pureza
Pois puros mesmos são vocês, que não precisam destas máscaras
Nos obrigam a usá-las, sem piedade, sem humildade
Quem seremos nós nestas más faces
Que rostos, que vaidade, são suas máscaras
Nosso deleito se faz com dignidade,
Nossa nobreza vem da lealdade
O resto são máscaras
Espero que estas máscaras lhe tragam piedade
Pois, estas máscaras são moldes de tuas caras