SINA

Menino vadio de olhos pesados

de noites sem lua e mesmo sem fim

é pobre a tua aventura

nas mesas de botiquins

tua cor desmente o normal

e a palidez desatina

és menino de barriga grande

és o resto de alguma faxina

não se perca nesta noite

que é a máscara da ilusão

aceite a sua miséria

e não dê a falta do pão

vá para casa correndo

e não se derrame no chão

um dia vai ser operário

e morrer com o martelo na mão

hervulus
Enviado por hervulus em 28/07/2006
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