POETA PRESO

Tenho uma prisão

Nenhum corpo quente

Nenhuma boca

Nem olhos de gente

Tenho grades na mão

Não escolho a toca

Ninguém olha e pouco sente

Eu tenho uma visão

Dentro de mim

O mar passa

Livre com suas ondas

Eu tenho um coração

Batendo cheio assim

De vontades profundas

Mas tenho medo e solidão

Eu vi a massa

O bolo, a multidão.

Minha fome pirraça

Triste e só comigo

Perco toda graça

Nem um olhar irmão.

Walterbrios

4/8/2006

Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 04/08/2006
Código do texto: T208926
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.