Lôbrego

A um professor atirado

Esse professor sinistro e carente

Pára e observa os mares...

(Por trás das suas olheiras subliminares)

Da pueril lascívia das adolescentes.

Seus globos oculares estupradores,

Perscrutam libertinos as ondulações femininas,

De corpos que ainda são de meninas!

Cultivando seus promíscuos e pedófilos amores.

Seus braços toscos de jibóia demente,

Enroscam e apalpam a carne inocente

De criânças, que aprenderam ontem a ter malícia.

Enfim ele abre a boca e cospe

Uma piada insossa, quase torpe,

Enquanto os dedos gozam com as carícias...

Marcos Paulo Silva
Enviado por Marcos Paulo Silva em 18/02/2010
Reeditado em 19/02/2010
Código do texto: T2093383
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