Lôbrego
A um professor atirado
Esse professor sinistro e carente
Pára e observa os mares...
(Por trás das suas olheiras subliminares)
Da pueril lascívia das adolescentes.
Seus globos oculares estupradores,
Perscrutam libertinos as ondulações femininas,
De corpos que ainda são de meninas!
Cultivando seus promíscuos e pedófilos amores.
Seus braços toscos de jibóia demente,
Enroscam e apalpam a carne inocente
De criânças, que aprenderam ontem a ter malícia.
Enfim ele abre a boca e cospe
Uma piada insossa, quase torpe,
Enquanto os dedos gozam com as carícias...