CARAPAÇA.

CARAPAÇA.

A minha carapaça de vidro é,

Espelho implacável da visão,

De instintos proibidos e até,

De incabíveis destinos da razão.

Sou serpente à busca de fardel,

Planeta Júpiter à procura de seu ninho,

Sei exatamente o meu papel,

Neste emaranhado de espinho.

Sutilezas se encontram e me dominam,

Gentilezas que me lembre, nunca fiz,

Malvadezas são constantes e se declinam,

A delatar-me, ser um aprendiz.

Sou um insignificante inseto,

Incerto da realidade habitual,

Sou um ser profano, um infecto,

Que não hesita em praticar o mal.

Em estranhos ventos me criei,

Nas penumbras das esqinas me perdi,

Em relvas pantanosas me revirei,

Sou retrato da vida que vivi.

Por: Jaymeofilho.

06/03/2010.

Jaymeofilho
Enviado por Jaymeofilho em 06/03/2010
Reeditado em 07/03/2010
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