Sociedade.

A mulher se despiu,

oferece o seu nu,

nas revistas,

em propagandas na TV. Vive o show da vida,

é pop star,

tornou-se mercadoria,

com preço a combinar.

Se frustra na ansiedade,

de não ter o peso,

as vezes,

nem a idade. De desfilar os enfeites,

no corpo,

cabide doente,

nas passarelas de luz.

Tenta parar o tempo,

na sua de vaidade,

querendo ser alteza,

faz cirurgias de verdade. Afirma

ser bobagem

o envelhecer consciente,

mente.

É uma escrava doente,

dependente, sem ação,

conjectura os seus sonhos,

em sua própria prisão...