PELAS RUAS...
Se ando pelas ruas da cidade
Não há como não ver toda essa gente
Não há como fugir à realidade
Não há como passar indiferente
Se ando, vejo as guias ocupadas
De gente com as palmas estendidas
Olhares procurando tudo em nada
São tantas, mas são todas parecidas
Caminham para olhar os precipícios
Que esperam essa gente condenada
A ser a multidão, sendo mais um
Quem sabe pra voar dos edifícios
Deixando a forma em giz numa calçada
Que a chuva leva pra lugar nenhum