Última Elegia
Para Maria Aparecida Peçanha Batista
apagou-se a luz da última elegia
o riso arrastado
levanta poeira
do choro sem dono
escondido
nos cheques sem fundos
das festas do corpo
a água mole
do choro
derreteu-se em ferro
pelos pés e botas
e uma posta de sangue
se instala
constante
nas sobras do rosto
QUANDO abre as portas do medo
e retoma o chicote
num riso cansado
invade o murro
e escuta as pedras
viajando nas águas
em forma de
areia
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1) Publicado em "A Toca do (meu) Poeta" - Nº 14 - DEZ/1983 - Guarabira (PB).
2) Publicado em "Veredas" - Nº 1 - JAN/1984 - Porto Alegre (RS).
3) Publicado no livro "Incêndio Menor" - Ed. do autor - Rio de Janeiro - 1981 - pp. 21.
4) Publicado em "Poesias ao Sabor do Vento" - http://www.bchicomendes.com/dcarrara/ultieleg.htm