Plantando Sonhos

Deixa-me parar um pouco;

Não quero ver tua propaganda;

Nem ler este colorido outdoor;

Sou surda a poluição sonora;

Aos apelos invasivos que já sei de cor.

Não me interessa a Teoria do Consumo;

No ramo acéfalo do Homos Demens;

Sonho em viver o mundo que foge do apuro;

E cursa o tempo do aqui e agora.

Enquanto a mente fervilhante se agita;

Minhas mãos traduzem frenética arte;

Sensíveis ao criativo estado de espírito;

Expressam o possível além deste desastre.

Perceba a transformação, escute a alma;

Na animosidade do belo, na estética divina;

Sinta a semente nua em plena palma;

Remetendo-a para um além sem limites.

Foca
Enviado por Foca em 20/03/2010
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