Revés dos Ponteiros

O que menos importa;

Na senda da felicidade;

Se a mão que bate a porta;

Busca a propalada realidade?

Ou quem sabe uma convicção?

No mundo da utilidade capitalista;

Tudo deve ter explicação;

Seu preço como bela conquista;

É mais valia em larga produção.

Se fôssemos pagar a natureza;

Pelo seu benefício à humanidade;

Qual valor bastaria?

Na lógica da solidariedade?

Será que com dólares compraríamos?

A quantidade suficiente de fotossíntese:

Considerando que sem ela não sobreviveríamos;

Nas imbrincadas relações de seus limites.

Não será mais sensato?

Inverter a percepção insana?

De encontrar uma razão ideológica?

Além da dita mentalidade humana?

Ainda há tempo de cultivar;

A beleza do amor sensível;

Jamais tentando quantificar;

O teor de nossas origens;

Pois a vida é muito mais do que arte;

Na trama secreta do imperceptivel.

ACCO

Foca
Enviado por Foca em 03/05/2010
Reeditado em 04/05/2010
Código do texto: T2235009