DEIXAR A DROGA

Estigmatizado pela vida que levava

das drogas o meu flagelo principal

deste pesadelo não mais acordava

de mim fugia e de todo o mal.

Sozinho neste mundo de terror

calçando estradas ruelas e ruas

vivi em perfeito desamor

sofri as dores da alma quase nua.

Não passava de um boneco de lama

que tudo que era meu me foi roubado

à noite não sossegava na cama

tal as dores que me tinham acordado.

Deambulando meus passos miseráveis

procurava o dinheiro onde pudesse

que as somas era grandes e consideráveis

para quem nesta vida lá aprouvesse.

Pesando quarenta e dois quilos de gente

vi-me obrigado a pedir comida

meu estado era de um estado urgente

se queria desta vida levá-la vivida.

Até que um dia já sem veias pra procurar

percorri meu corpo de agulha em riste

Como se não houvesse onde encontrar

no pescoço me injectei como tudo que resiste.

E chegou o dia da minha comunhão

para com a vida que sói destruir

apelando apelei ao coração

que desta vida me fizesse desistir.

E assim foi num belo dia de sol radiante

que eu gritei nunca… nunca mais

esta vida não mais levarei avante

serei livre como no céu vejo os pardais.

Jorge Humberto

20/05/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 21/05/2010
Código do texto: T2270479
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