SILÊNCIO

O som do silêncio

Nunca me foi tão bem vindo

Pra cantar como sócio

Em tudo aquilo que sinto

A paz que procuro calada

E se mostra cada vez mais rara

Lutando contra coisas que não valem nada

Das quais a ânsia de viver se mascara

Só preciso de serenidade

Só busco tranqüilidade

Seja lá qual for o nome

É disso que tenho fome

Quero aquele silencio gritante

Que ecoa arrogante

Qual prepotente e poderoso

Mostra-se às vezes generoso

Queria eu poder silenciar

A voz que ousa não calar

Pra ouvir a sinfonia

Que na cachoeira se inicia

E a brisa a soprar

Acordes a sol maior

Onde as nuvens a bailar

“Partituram” bem melhor

O tilintar das gotas de chuva

A lavar as folhas soltas

Cabendo feito luva

Na dança das águas revoltas

A se chocarem com as pedras

Criando vida e energia

Qual nada mais lhes resta

Além de cair nesta orgia

Os pássaros e demais animais

Até que podiam cobrar direitos autorais

Pois a eles recai em parte

O completar desta obra de arte

Eu só queria silêncio

Pra poder contemplar

Em meu íntimo “essênio”

À pureza desse meu amar

Aléssya
Enviado por Aléssya em 30/05/2010
Código do texto: T2289484
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.