Alegria

Não quero a alegria que termina

Ao atravessar uma esquina

Numa noite embriagada e fria.

Não quero a alegria que termina

Numa curva entorpecida

De euforia alcoólica.

Não quero a alegria solta

Numa gargalhada nervosa,

Desatinada e sem hora.

Não quero a alegria cega

Compartilhada com drogas

E com companhias desastrosas,

Numa noite badalada

E desritmada.

Não quero a alegria tola que me engana

Com ingênuas ideias e promessas.

Não quero a alegria acompanhada

Por um amante sedutor,

Que me jura falso amor

Por trás do cobertor.

Não quero alegria passageira

Que desorienta

E me desnorteia.

Não quero a alegria regada

À mesquinhez e insensatez,

Que acaba pisoteada

Por um povaréu

Numa Avenida de Carnaval.

Espontanea
Enviado por Espontanea em 03/06/2010
Reeditado em 12/04/2012
Código do texto: T2297847
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