Curi-curi...
Curi-curi arribou-se
Queimou toda a plantação
O gado morreu de sede
É fome, é seca e sertão
Sertanejo agarra a vida
Esperando outra estação
Já nem sente a dor, a ferida
Só maltrata o coração
O verde queimado geme
Vendo o olho arregalado
Que não chora no cerrado
Onde a vida vem brotar
No sertão
Só eu e ela
É trava-lingua, é trova e trela
E a esperança de mudar.