Monotonia

A noite estava quieta.

Nenhum rumor na rua deserta.

O escuro, era o que predominava,

E o medo, crescia a cada passo.

Uma canção, muito mal cantada,

Começou a crescer,

E passos, arrastados,

Começaram a me atordoar.

Era um bêbado.

Vinha ele, cantando e tombando,

Sem medo de nada.

Parecia estar no quintal de casa,

De tão à vontade.

Pensei em acompanha-lo,

Também queria sentir aquela sensação.

Cantar, rir do nada, tropeçar, e voltar a rir

Queria esquecer do mundo por um minuto.

Ele se foi,

E eu continuei.

Cheguei, enfim, em casa.

Tomo banho, janto e vou dormir.

Amanhã cedo tenho que ir trabalhar,

E fazer tudo, outra vez...

Gimadureira
Enviado por Gimadureira em 15/09/2006
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