Jaguara
Jaguara era um cara que ninguém agüentava
Jaguara aos 18 já tinha carteira assinada, casa arrumada e filho com a primeira namorada.
Jaguara, você viveu muito pouco meu filho.
Jaguara, o seu destino é um sufoco.
Você não entendeu o que a vida lhe ensina
Você não entendeu a droga da heroína
Você não entendeu quando a internet surgiu
Quando todo mundo foi pro Rock’n Rio
Você não conheceu nada de Paulo Leminski
Você não entendeu aquele porre de Whiskey
Carlos Drummond de Andrade pra você era um velho
Albert Einstein, Lênin, a invenção do radar.
Jaguara meu amigo agora é tarde de mais
Você nem conheceu o corpo de outra mulher
Talvez um gole de Absinto lhe provoque prazer
Ou quem sabe a estrada lhe engula de vez.
Berts / Celia – 05/12/2000