Jaguara

Jaguara era um cara que ninguém agüentava

Jaguara aos 18 já tinha carteira assinada, casa arrumada e filho com a primeira namorada.

Jaguara, você viveu muito pouco meu filho.

Jaguara, o seu destino é um sufoco.

Você não entendeu o que a vida lhe ensina

Você não entendeu a droga da heroína

Você não entendeu quando a internet surgiu

Quando todo mundo foi pro Rock’n Rio

Você não conheceu nada de Paulo Leminski

Você não entendeu aquele porre de Whiskey

Carlos Drummond de Andrade pra você era um velho

Albert Einstein, Lênin, a invenção do radar.

Jaguara meu amigo agora é tarde de mais

Você nem conheceu o corpo de outra mulher

Talvez um gole de Absinto lhe provoque prazer

Ou quem sabe a estrada lhe engula de vez.

Berts / Celia – 05/12/2000

Berts
Enviado por Berts em 16/09/2006
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