Amanhã Perdi Meu Pai

Sempre vi a mãe chorando

Entre prantos soluçando

Sangrando o seu coração

Por ver meu pai no chão

Ali, dominado pela droga

Que o atava como uma soga

Prendendo-o num laço mortal

Àquela que só lhe fez mal

Minando-lhe toda a saúde

Até enfim, levá-lo ao ataúde

Deixando sua morte prantear

Quem só fazia lhe amar...

Foram anos de sofrimento

Dores, choros, lamentos

E nada parecia adiantar

Ninguém conseguia ajudar

Pois ele mesmo não queria

Largar a maldita não podia

Por já ser um dependente

Preferia viver demente

Pelos bares e esquinas

Tornando sua vida ruínas

Subjugando todos à pobreza

Numa vida triste, sem beleza.

Até que um dia a morte...

Deu-lhe o derradeiro bote

E um jovem filho lhe roubou

Em dor meu pai chorou...

E ali mesmo ele prometeu

E nunca, nunca mais bebeu

Mudando toda sua vida...

Vivendo prá família querida

Treze anos de felicidade

Sempre em amor e verdade

Não sem conseqüências sofrer

E do maldito álcool morrer.

Maria
Enviado por Maria em 11/08/2010
Reeditado em 26/08/2010
Código do texto: T2431134