As mãos, que um dia foi ninho,
Tornaram-se algemas;
O que antes era afeto, carinho
Agora fere;
O colo, ontem confortável,
Hoje oprime;
O olhar, antes porto seguro,
Assusta, invade, ameaça;
Pobre criança,
Vazia de esperança,
Fecha-se em sua desgraça!
Ferida enorme
Em sua alma tão pequena...
Da Série: Lendo Imagens