Aprendendo a Andar

Quando o nevoeiro dissipar

Verá que o dia vive

E o temor da treva

Ainda não é livre.

Teu andar amargurado

Não logrou advertências,

Mas se unires teus atos

A um punhado de benevolências,

Surgirá em teu mundo

Grande saber de antanho,

Não será mais sábio,

Nem terá tamanho,

Aquele que em ti confiar.

Por toda esta estrada enviará

Tua experiência de humildade,

Que a outro mostrará.

Por mais que a calmaria

Anime teu fardo indeciso,

Não creia somente na esperança

Faça com os pés tua andança.

Quando ereto, mirar a longa estrada,

Ainda verá um neófito deslumbrado,

Porque a eternidade é uma jornada

Sem teto, sem chão e sem alambrado.

Segue andando e cante,

Quando aprenderes a orar,

Sentirá o solo macio

E maravilhado saberá amar.

Teu triunfo não será ter vivido,

Nem teu ego, onipresente,

Mas exibirá com as mãos

Tua pegada experiente.

Nadilce Beatriz
Enviado por Nadilce Beatriz em 15/08/2010
Código do texto: T2439778