O TRANSEUNTE

Um transeunte

Come do pão às vezes adormecido

Bebe a água que envenena

Bate o coração que apanha

Respira do ar sujo da cidade

Segue para qualquer lugar algum

Arrasta os calcanhares no rala asfalto

Pensa o pensamento, não pensa assim!

Absorve os raios insensatos do sol

Lá vai um ente vivo animal

Sombra das diferenças cruéis

Das somas , subtrações e divisões

Ele é um resto que a nada serve

Dorme na noite de calafrios

Pega o quente sopão da caridade

Este homem agora é um mendigo

Não é ficção é uma realidade.

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ADomingos
Enviado por ADomingos em 21/08/2010
Reeditado em 23/02/2016
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