O TRANSEUNTE
Um transeunte
Come do pão às vezes adormecido
Bebe a água que envenena
Bate o coração que apanha
Respira do ar sujo da cidade
Segue para qualquer lugar algum
Arrasta os calcanhares no rala asfalto
Pensa o pensamento, não pensa assim!
Absorve os raios insensatos do sol
Lá vai um ente vivo animal
Sombra das diferenças cruéis
Das somas , subtrações e divisões
Ele é um resto que a nada serve
Dorme na noite de calafrios
Pega o quente sopão da caridade
Este homem agora é um mendigo
Não é ficção é uma realidade.
AD