Peito de Aço

No meu peito de aço

Não entra a bala perdida do desgosto

No encosto da relva

No calabouço primário

A secundária vitima

Da desordem conturbante

Dos irrelevantes e palpitantes.

No meu peito de aço

Não entra a bala perdida

Da ironia.

A fazer apologias

Ao desrespeito mutuo

Com o discurso

Da falsa vitória.

No meu peito de aço

Entra a bala certa.

Perfura meu coração enlatado

Contempla-me com louvor

Com amor

Com a palavra da verdade.

No meu peito de aço

Entram as balas da coragem!

Hugo Paz
Enviado por Hugo Paz em 19/09/2010
Reeditado em 24/07/2023
Código do texto: T2507010
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