Casinhas no morro


Reflexo torto
De verba perdida...extorquida.
Casinhas de gente que insiste
Que canta contente
Batuca e labuta
A vergonha da gente.
Casinhas pintadas, caiadas
Suspensas, mal equilibradas.
E a chuva que lava
Que rega o plantado
É perigo eminente gritado
Por todo canto ecoando.
Caiu trovoada,
Entornou enxurrada,
E quantas casinhas
Das gentes alegres
Das pernas fortes
E esperança sem morte,
Vão desabar das encostas
Deixando luto à amostra
Da cidade que passa
Distraída das coisas do alto
Entregando apatia
No ronco dos carros...
No véu de fumaça.