Bocejo vagabundo

A língua confrange-se, seca no palato

Os olhos saltam a qualquer estímulo

Há um rasto podre no contentor do lixo

São cascas e ossos, restos animais

A cena é de fome, o bocejo… o acto

O sono não chega, o estômago late

No jardim, o banco já está ocupado

É o cão vira-lata, rafeiro de raça

A cacimba cai e aquece-lhe os ais

A cena é de fome, o bocejo…o acto

Não tem pedigree

Só passou por aqui…

Fana
Enviado por Fana em 20/10/2010
Código do texto: T2568599
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