O Homem-Dinheiro

Eis uma criatura comum no mundo capitalista,

O qual é cruel invasora e parasita a nossa sociedade,

E, obstinado, suga o sangue de todos com ferocidade,

Do dinheiro és um eficientíssimo especialista.

No universo obscuro e formal das agências bancárias,

Estabelece a sua estratégica e produtiva morada,

Longe dos pobres e dos homens dos braços da enxada,

E aproveitando-se da poderosa estrutura organizada,

Planeja os seus ataques as nossas moedas ordinárias.

Lá vem o Homem-Dinheiro com a sua "impecável" aparência,

Esbanjando os seus sorrisos e suas palavras rebuscadas,

Conquistando a todos com a sua assustadora evidência,

Ora, ora, Homem-Money, não te cansas da moeda de prata?

Pois bem, Sr. Magnata, escondes aí tua triste doença,

Tens teus carimbos, teus protocolos e laudas licenciadas,

Sei, são teus principais instrumentos de trabalho e crença.

Todos os Direitos Reservados pelo Autor.

Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 05/10/2006
Reeditado em 05/10/2006
Código do texto: T257063