Enjaulados

mãos nas grades.

tudo apertado.

pernas e braços

de montão.

somos culpados,

ladrões, criminosos,

réus.

olho tantas mãos,

tantos corpos

enjaulados...

braços nas grades

pendurados,

já nem sei quais

são os meus.

os teus?

olha prá mim.

sou teu espelho.

repito tua vida.

na tua volta, sempre.

sempre na tua ida.

se matas, se morres,

se roubas, se foges.

contigo aprendo,

de montão...

achas que não ?

sigo seus passos,

- tu sabes -.

acabo fazendo sempre...

aquilo que tu fazes !

Maria
Enviado por Maria em 23/10/2010
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