Raça





Tive que ter raça , preservar raízes e simultaneamente
Tecer tessitura, que com fibra e trabalho, retirou-me da massa,
Que bem manobrada vive à deriva e não argumenta
Nas mãos a chibata! Usei e contra- argumentei
Sem medo, batendo nas falhas que históricas,
do jogo tentaram deixar-me fora. No dia- a - dia
Fui minha própria Isabel , mazela por mazela
Libertando, apagando preconceitos tatuados
No meu peito por ferro quente de um senhor- de- engenho
Demente, que ineficiente não consumou me mutilar.
Inteira, negra e inserida a volta dei por cima
Fiz dos meus valores estrelas refulgentes
Que mesmo do céu, distantes ,todos
Nessa terra podem contemplar
elisasantos
Enviado por elisasantos em 07/10/2006
Reeditado em 08/10/2006
Código do texto: T258368