Mês curto

Mês foi curto, simples, quieto.
Terra chora e canta triste...
Crava as dores dos inquietos
Resta apenas dedo em riste...

Chega alegre o mês de afetos
Com presente que consiste
Numa graça por completo...

Não esquece o que é dileto
Mesmo que no mundo há chiste,
Cada face, cada teto,

Sempre espera pelo alpiste
Mesmo muito pouco, é dileto;
Algo como flor que existe.

Essa flor que existe é objeto,
Forma, fera que resiste
Firme a falta de um galeto.

Mãe que abraça muito triste
Mão vazia, peito infeto,
Meus olhos ardem, - sei, existe-

Só um céu, que é nosso teto.
De lá,um anúncio que insiste:
Festa chega, som, coreto!

Natal , dezembro e, existe
Belo menino, completo,
Dar alimento! Não desiste!

O alimento é nosso afeto
Pão, abrigo e paz subsiste.
Não pode ser só projeto!



MVA
Enviado por MVA em 09/12/2010
Reeditado em 09/12/2010
Código do texto: T2662139
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