Gosto fatal

As mãos do poeta

Tem perfumes de flor e de raiz

Os dedos apertam a dor

Na boca dorme a ausência

Caos absoluto na cabeça

Teoria precisa na quintessência

O instante escorre no verso

Toda banana encontra consumidor

Povo sempre explode

Povo sangra e arrota

Povo é perigoso

Povo lincha e vota

Pesca sem anzol

Mar sem onda

Céu sem avião

Noite sem chuva

Quando começo não sei

Quando termino penso que

Deveria ter começado de novo

Erro formal

Tenho sensações

Indefinido processo

Enigmático sete minutos

Ferida fechada

carlos assis
Enviado por carlos assis em 20/01/2011
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