Gosto fatal
As mãos do poeta
Tem perfumes de flor e de raiz
Os dedos apertam a dor
Na boca dorme a ausência
Caos absoluto na cabeça
Teoria precisa na quintessência
O instante escorre no verso
Toda banana encontra consumidor
Povo sempre explode
Povo sangra e arrota
Povo é perigoso
Povo lincha e vota
Pesca sem anzol
Mar sem onda
Céu sem avião
Noite sem chuva
Quando começo não sei
Quando termino penso que
Deveria ter começado de novo
Erro formal
Tenho sensações
Indefinido processo
Enigmático sete minutos
Ferida fechada