Ali jaz mais uma menina

Só se via seus sapatos antigos

Não mais seus sonhos de menina

Nem sua trança comprida

Já no chão frio e sem vida

Ainda um pouco corada

Que linda menina que entrará no céu sorrindo

Desse jeito até as nuvens vão se abrindo

E assim sem piedade as pessoas vão se aproximando

Para saciar a curiosidade

Ali ninguém se importará com sua idade

Quinze ou dezesseis anos de uma vida perdida

De uma vida sem mistério

Que agora faz sua última viagem ao necrotério

E depois será sozinha

Enterrada na sepultura

Onde nenhum de nós quer ir, o cemitério...

Mas essa é a nossa guerra...nossa própria cultura!

Vagner Alves
Enviado por Vagner Alves em 28/01/2011
Reeditado em 28/01/2011
Código do texto: T2758175
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