SOPRO

Vida é um sopro

Sopro que vai com o vento

Que sopra nas primeiras folhas

Todos os dias.

Que sopra por bala perdida

Por bala encontrada

No corpo, na alma

Alma despedaçada

De quem fica.

O que pra um vale muito

Pra outro

Muito pouco

Triste conclusão

Desta torta evolução.

Ficamos com a pior parte

A saudade

Do sopro que outrora

Soprava em nossa face

Embaraçava nosso cabelo.

Agora que o sopro

Se foi no vento

Ficou a chuva

Que rega essa mesma face

Mas não floresce o sorriso.

Essa chuva só irriga a tristeza

De quem só tem a lembrança

Pois a esperança...

Essa já foi, com a bala, perdida.

Adalberto Caldas Marques
Enviado por Adalberto Caldas Marques em 09/02/2011
Reeditado em 09/02/2011
Código do texto: T2781930
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.