ABORRECENTE

Gritando ao mundo, vivendo com arte,

Vai levando a vida, fazendo sua parte,

Alheio não ouve a voz de seus ancestrais.

Menino maluco, sem jeito nem forma,

Em breve, com certeza, bandido se torna,

Não serve em nada, pra seus ideais.

No conceito da sociedade deveras perversa,

Nem vida nem morte, só vencer interessa,

Não liga para o que dizem, justiça espera.

Nem gente, nem homem, apenas um vivente,

As vezes se vê como um cruel delinqüente,

Indiferente as respostas de quem lidera.

E la se vai deveras pro mundo perdido,

Aturdido com os dizeres a ele remetido,

Na esperança de mudar danado menino.

Alheio a tudo, parece triste a cena,

Se a ganância é tanta, a alma é pequena,

E segue adiante, cumprindo destino

Não é apenas um andarilho errante,

Passante a passar sem destino la adiante,

Pois ao olhar no espelho, lá vê seu trajeto.

Nem filosofo, nem poeta, escultor ou profeta,

E da mísera vida o que ainda lhe resta,

Só renega ser mero homem objeto.

Maciel de Lima
Enviado por Maciel de Lima em 16/04/2011
Código do texto: T2913270
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