Vida de trabalhador

Andando pra lá e pra cá

Buscando um salário melhor

Viaja de norte a sul, quiçá

Um dia, acabe esse clamor

É um desgaste constante

Para honestamente viver

Dói olhar o seu semblante

Sem direito a um lazer

É tudo na ponta do lápis

Num cuidadoso dosar

Somar não lhe cabe mais

Oh! Vida de eterno faltar!

Num incansável laborar

Percebendo minguado salário

No dia do seu descansar

Faz um bico provisório

Em sua vida tudo é sumário

Nada sobra, fica aflito

Quando olha no armário

E ver seu alimento restrito

Diná Fernandes