CIDADANIA

Ao lado direito

uma veia

por onde corre

um sangue português.

Do outro

escorre um vermelho

germânico.

Em meu lombo

cicatrizes de chicotes

transvertam

vasos onde corre

um sangue negro.

Em meu peito,

uma coronária indígena.

MISCIGENAÇÃO.

que me faz brasileiro,

somador de etnia.

MINHA CIDADANIA.

L.L. Bcena, 05/11/2010

POEMA 163 – CADRNO: TÊNIS VELHO.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 16/05/2011
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