Casa de Correção

É chegado o fim do dia
Morto cada grito e cada gesto
Outros virão doer concretamente
Ao cair da escuridão
As cicatrizes sangram
O silêncio agride
O inicio de uma nova crise
O estampido da ingratidão
Novos cárceres se apresentam
Redenção só com o novo sol
Agora é sal
As trancas aguçam a imaginação
Profanam a santidade
A minha idade?
Menos de dezesseis anos
Na sombra de uma vida.
Parece mais que oitenta
Minha cela ordena que me cale
E meu calar é minha cela
Parece que oitenta anos
Tenho vivido sem me encontrar. 





Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 31/05/2011
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