Cidade Urbana
Imagens,
Fotografias e luzes refletidas.
Gravadas na memória,
Tornam-se tradutora da vida
Vida
O tempo, mutante transforma
Lições aprendidas na escola
Escola que a vida ensina
Janela
A imagem que se vê não é verde
A luz que ilumina não é clara
É cinza, concreta, bruta, parede
Rua
A poeira, que do chão subia, já não é sua.
Nem suas são as marcas que se vislumbra
A pressa do menino em fuga.
Menino
Que na mão brinquedo não trazia
Na roupa manchada de vermelho, tinta não existia.
Bala, que o menino ganhará, o sabor doce não tinha.
Pessoas
Em volta, presente não trazia.
Traziam a atenção que um dia o menino pedia
Pedidos que eram feitos pelos olhos de um menino que ninguém via
Cidade
Onde ninguém via ninguém
Por que o tempo não permitia
Agora paravam para ver um menino, que na rua brincar não ia.
Imagens da Vida
Que da Janela mostrava
Um menino de rua, que seguia
O desejo, de que um dia, as Pessoas da Cidade pudessem ver a vida que vivia.