VIDAS METROPOLITANAS

Vejo crianças bonitas, perfeitas,

vivendo uma realidade insana.

Vejo tantas vidas desfeitas,

perdidas na realidade mundana.

Entre ruelas sujas, estreitas

e avenidas, largas, modernas.

Entre guaritas, postos e casernas

Imperio da prostituição e da droga

Reino do caos e das badernas.

Mas os edifícios majestosos,

parecendo tocar o céu.

São projetos faraônicos, fabulosos

e deixam o humano ao léu

Em papelões, compensados,

enquanto o luxo se assoberba,

se aglomeram os favelados,

nos morros que lhes sobram.

Mas ... É a metrópole...

Cidade grande, cidade enorme,

que não para, que não dorme.

Se rica ou pobre, nem se dá conta.

Enquanto miseráveis labutam,

tornam brutos em líquido,

o lucro que o rico aponta

Ë a vida calada, sofrida!

Lamuriam entre sorrisos e prantos.

É a morte afirmam outros tantos.

Vida ou morte? Morte ou vida?

Vida danada! Vida clandestina!

A que causa se destina?

A julgar, Tenho receio!

Não sei se canto ou se choro.

É a vida em decadência,

pois o humano, neste meio

Perdeu toda a sua essência.

Não é gente, é um esporo.

Simples forma de sobrevivência.

Maciel de Lima
Enviado por Maciel de Lima em 04/06/2011
Código do texto: T3014443
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