Réu revel

Todo dia a mesma simetria.

Todo dia é dia de se lançar à revelia

Em seu universo o réu revel

Interiorizado de Maquiavel.

No democrático contemporâneo amor

Debanda-se para Cordel;

Porém, combalido este se esvai

No antagonismo constituir seu papel.

Aluga-se um bocado de aspereza

Ignoto a percepção demente

Salda-se com juros em tê-la

Por não perceber fios tênues.

Os porquês cabem ao coração

Devorado pelo insípido sal

Em funão do par que não é par

Que a todo instante é ser individual.

Egoísmo prisma egoísmo

Paixão reflete paixão

Se percebermos no sal a salsa

Eis o tempero para libertação.

(Wagner Viana – 27/10/2009.)

Wagner Viana
Enviado por Wagner Viana em 29/06/2011
Código do texto: T3064317