Penúria

Estava dormindo sozinho

Numa noite fria

Entre cobertores de linho

Uma lamúria eu ouvia

Julguei ser o vento ululante

E seu agudo gemido

Na janela murmurante

Rente ao meu ouvido

Escutei gritos vívidos

Em meu caminho a faculdade

Jaziam no chão os desprovidos

Gemendo na frígida realidade

Não era um sonho inglório

Era sim um pesadelo real

Daquele povo simplório

Vivendo uma vida irreal

Dali para frente

Sempre que vou descansar no sono

Choro e oro por essa gente

Que na pele sente a frieza do abandono.

Luiz Henrique Santos
Enviado por Luiz Henrique Santos em 04/07/2011
Código do texto: T3074813
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