Hoje, meus nervos voltaram ao estado real.

Hoje, meus nervos voltaram ao estado real.

Ficaram atiçados, pois voltaram a se sentir ameaçados por uma sociedade sufocadora.

Vejo um povo que trabalha e tira de onde não tem, tira do neném.

Um povo que sua sem ter tempo para descansar.

Enquanto o povo fica suado, vejo malfeitores usando esses valores para se auto-beneficiar.

Transportam nosso suor em contas bancárias, usam laranjas,

Usam-nos como bem querem.

O transporte virou mais um alvo: hoje o transporte somos nós. Como antigamente, usam-nos como burros de carga.

Enquanto nós ralamos, existe alguém dando risada e vendo o aumento da bolsa de valores.

Sendo que não existe valor para essa tal de gente, que usa dos inocentes.

Mas o povo tem culpa no cartório. Puxa a fixa e cai a fixa, veja o passado.

Depois de um tempo, aparece na televisão

Pedindo votos

E o povo volta ao esquecimento

E volta a eleger.

Sabe que acho o mundo injusto. Às vezes, acho que até Deus é injusto.

Queria ver esses na miséria comendo pão com merda.

Na verdade, acho que Deus e o povo são injustos.

Um porque deixa os bons samaritanos se enriquecerem

E o outro porque finge que sofre de amnésia.

Vejo muito nego véio se vendendo por trocados.

Talvez, esse seja o pecado.

Sabe... Às vezes, ando na rua com medo de ser assaltado,

Mas não sei o porquê do medo, visto que sou assaltado todos os dias por uma quadrilha da pesada que mor em Brasília.

Dizem que vivem num planalto em torres.

Ah, que pena. Bin Laden se foi... Talvez, ele fosse o anjo em seu terno,

Pois até o diabo era um anjo.

Eu sei que violência gera violência, mas, às vezes, dá vontade de ceder.

É, não tenho sangue de barata, nem paciência de Jó e, muito menos, a piedade de Jesus Cristo.

Queria eu poder crucificar esses corruptos e tacar fogo.

Sabe o que eu acho das leis?

Acho que as leis antigas e as novas só beneficiam os ladrões. Talvez seja porque quem as faz são os ladrões.

São farinha do mesmo saco.

São aqueles que não merecem o dinheiro que ganham e a roupa que vestem.

Depois, dizem que o Brasil é uma país emergente e prestes a ser considerado um país de primeiro mundo.

Não! Onde isto tem cara de primeiro mundo? Isso me deixa puto!

Vai à rua e olhe em baixo da ponte. Ainda tem gente lá.

Ainda tem gente com fome.

No inverno, as pessoas que sofrem com o frio, pois não tem uma manta que as cubram.

A sociedade esta descoberta e a viver o auto-desrespeito.

São um desrespeito essas falsas notícias.

Olha, estão batendo na porta. Viu? É o oficial de justiça. Mais uma família sem ter para onde ir.

Não queremos esse rótulo de primeiro mundo.

Só queremos viver num lugar mais justo,

Onde tenha pães nas mesas, mantas para os descobertos e terra para os sem teto.

O Brasil parece uma colônia italiana, pois, aqui, tudo acaba em pizza.

Esse é meu ponto de vista.

Para muitos, a verdade é um silencio que dói muito

E, para outros, é um grito que poucos fazem por entender.

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 08/07/2011
Código do texto: T3083902
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