VICIO

A noite a cena se repete

com os meus cotovelos

apoiados no balcão

diminuo minha vida

consumindo

exageradamente

o cigarro, a bebida

assim tem sido minha vida

so enxergo amigos

no álcool

e no tabagismo

tem aquele camarada

que sempre me serve

do outro lado do balcão

nem sei o nome dele

mais ele me escuta

e me consola

muitas vezes quando

mal consigo me levantar

ele chama um tàxi pra me

levar embora

ele sente pena de mim

embora ganhe com o meu

vício

ele sofre em ver meu

estado fìsico e moral

também me aconselha

quando saio com mulheres

de pouca moral

ele um bom homem

afinal

e quando amanhece o dia

com a cabeça doendo

e com um pouco de lucides

reflito, penso

indago-me sozinho

como cai nesse vìcio

mil motivos vêem a

tona, dinheiro, amor

perdas

nada justifica

sim sou fraco

digno de pena

mas quem sabe tudo

pode mudar

meus vícios irei deixar

quem saiba possa melhorar

depois desse poema

que acabei de narrar.