Ser ou não ter? Eis a questão!
Um sentimento mesquinho me habita
Pensar em mim mesma me desabilita.
Há um mundo lá fora!
Aqui dentro o meu mundo me toma
Sou apenas parte do hematoma
de um corpo-mundo em prostração.
Ferida aberta e cálida!
Marcas de combate entre os homens-cão.
É o mudo que grita fóbico
o futuro que se anuncia forasteiro
É a fome que discursa nas praças
a gula de quem come dinheiro.
Sou apenas parte do hematoma!
Como posso anunciar minha dor?
Enquanto o amor se consome
e se consuma na falta de amor?