A saúde que não temos

Saúde, saúde...

Saúde, nesse lugar não há

Saúde escandalosa e depravada

Corrupta saúde, nossa de todo o dia

Morro todas as horas...

Não, que eu não tenha saúde

Morro, por incompetência tua...

Minha, nossa, quem é que sabe?

Só será possível saber no dia

De minha terrível morte...

Quando em tua porta bater

O convite do meu funeral

Para minha alma beberdes

A incontrolável demência...

De ter morrido sem ter tido

Nenhum Prurido podre...

Que acometesse meu corpo

Da doença de não conseguir

Mais parar de falar desse

Câncer que amputa

Nossas vidas... Todos os dias

Chamado saúde...

Marcello dos Anjos
Enviado por Marcello dos Anjos em 28/08/2011
Reeditado em 26/01/2012
Código do texto: T3187070