A saúde que não temos
Saúde, saúde...
Saúde, nesse lugar não há
Saúde escandalosa e depravada
Corrupta saúde, nossa de todo o dia
Morro todas as horas...
Não, que eu não tenha saúde
Morro, por incompetência tua...
Minha, nossa, quem é que sabe?
Só será possível saber no dia
De minha terrível morte...
Quando em tua porta bater
O convite do meu funeral
Para minha alma beberdes
A incontrolável demência...
De ter morrido sem ter tido
Nenhum Prurido podre...
Que acometesse meu corpo
Da doença de não conseguir
Mais parar de falar desse
Câncer que amputa
Nossas vidas... Todos os dias
Chamado saúde...